Fiel à sua natureza, olhando mais de perto, a tecnologia quântica da Microsoft entrou em colapso

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Computador Quântico Microsoft

A Microsoft tem apostado em uma partícula quântica chamada férmion de Majorana para construir um computador quântico funcional e, em 2018, uma equipe da Delft Technical University, financiada pela Microsoft, anunciaram que provaram que esta partícula existe em nanofios semicondutores supercool.

Agora, a mesma equipe teve que admitir que sua interpretação de seus dados era falha, frustrando a esperança da Microsoft de ser uma das primeiras com um supercomputador Quantum funcionando.

A admissão veio depois que dois físicos pediram os dados brutos do experimento relevante.

“Não sei ao certo o que estava na cabeça deles”, diz Sergey Frolov, professor da Universidade de Pittsburgh, “mas eles ignoraram alguns dados que contradizem diretamente o que estava no jornal. A partir dos dados mais completos, não há dúvida de que não há Majorana.”

Há agora uma investigação em andamento sobre a equipe pelo comitê de integridade de pesquisa da Delft Technical University.

A Microsoft esperava seguir uma abordagem pouco ortodoxa ao perseguir as partículas de Majorana, que tinham a promessa de criar computadores quânticos mais estáveis, se existissem.

A provável retração do paper de 2018 significará que a Microsoft passou de uma tecnologia promissora para nada, enquanto o Google, usando tecnologia mais convencional, já anunciou que alcançou a supremacia quântica em 2019.

Os pesquisadores que perseguem o férmion de Majorana não perderam a esperança, no entanto.

Sankar Das Sarma, físico teórico da Universidade de Maryland que colaborou com pesquisadores da Microsoft, acredita que a tecnologia acabará funcionando, mas pode demorar um pouco.

“Não vejo razão para que um férmion de Majorana não possa existir ou que, uma vez que exista, você não possa controlá-lo”, diz ele. “Mas pode ser daqui a 30 anos.”

via Wired

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